Aston Martin DBS Superleggera, o melhor de sempre!

Para Andy Palmer, Diretor Executivo da Aston Martin, o novo DBS Superleggera, sucessor do Vasnquish, é “o melhor super GT da atualidade”. O responsável máximo pela Aston Martin sabe tudo de automóveis mas é “suspeito”. Mesmo sabendo que a marca britânica é capaz de tudo e que o ponto de partida tecnológico é a estrutura do DB 11, damos razão a São Tomé: “ver para crer!”.
E o cenário não podia ser mais desafiante: a famosa Alpenstrasse, na Baviera. Curvas que parecem ter sido desenhadas por verdadeiros apreciadores da condução – ou por engenheiros que querem comprovar a eficácia dos chassis que desenvolvem. Com as montanhas formar um cenário que parece saído de um filme, Miles Nurnberger garante que “o Superleggera é uma combinação perfeita de tudo aquilo que é mais importante num GT. É belo, tem proporções perfeitas e a implantação mecânica respeita aquilo que é fundamental para o comportamento: motor colocado entre o eixo dianteiro e o habitáculo, numa posição mais baixa para favorecer o centro de gravidade, caixa de velocidades na traseira, para possibilitar uma distribuição de peso de 51% na frente e 49% na traseira. Estrutura em alumínio de alta resistência, combinado com diversos elementos em fibra de carbono, para assegurar uma elevada rigidez torsional, vias largas (mais cinco milímetros do que o DB11) e suspensão com triângulos sobrepostos”.
A estrutura é, no essencial, herdada do DB 11, embora a utilização em maior escala de elementos em fibra de carbono tenha permitido uma redução do peso em 72 kg. Como o V12 de 5,2 litros viu a potência passar de 600 cv para 725 cv, graças ao aumento da pressão dos turbos para 2.0 bar, o resultado é uma relação peso/potência de 2,34 kg/cv, contra 2,95 kg/cv do DB11. Tanto quanto o incremento da potência, o aumento do binário para 900 Nm (disponível entre as 1800 rpm e as 5000 rpm) ditou a necessidade de utilização de uma nova caixa de velocidades da ZF que, além de mais robusta é, também, mais rápida, contando com uma relação final da transmissão mais curta. Tal permitiu diferenciar, de forma mais nítida, o desempenho em cada um dos modos de condução. No modo GT a resposta do motor e a firmeza da suspensão têm em conta um bom compromisso entre conforto e dinâmica. Já no modo Sport o amortecimento é mais firme e o motor é mais reativo. Por fim, no modo Sport Plus surge a exuberância que imaginamos num desportivo com 725 cv.
Para os mais habilitados, existe a possibilidade de desligar totalmente o controlo de tração e de estabilidade. O equilíbrio do chassis, bem como a correta afinação da direção muito direta (2,4 voltas entre topos) manifestam-se agora de forma clara, bem como a importância do sistema de vectorização do binário e do diferencial autoblocante que é do tipo mecânico.
Para ajudar a explorar o elevado apuro mecânico o DBS Superleggera foi objeto de cuidados especiais ao nível da aerodinâmica, garante-nos Miles Nurnberger. “Aprendemos muito com o projeto Valkyrie, bem como com o nosso envolvimento na Formula 1”. Como exemplos, aponta o tratamento do fundo plano e carenado, com a colocação de defletores e extratores em locais selecionados, bem como as fendas no capot, na zona das rodas, que permitem canalizar para o exterior os turbilhões de ar que normalmente aí se formam e que são responsáveis pela instabilidade a alta velocidade.
O destaque principal vai, porém, para o defletor traseiro que aproveita da melhor forma o ar canalizado pelo interior da carroçaria, gerando um “downforce” de 180 kg à velocidade máxima. É esta a principal justificação para a elevada estabilidade direcional e para a incrível velocidade em curva.
Responsável por um desempenho dinâmico de referência o trabalho realizado no túnel de vento tem, também, uma relevância terminante para algo que não é menos importante num Aston Martin e num GT: o absoluto conforto a bordo. A este respeito vale a pena destacar que o DBS Superleggera prossegue a melhor tradição da marca britânica. Os bancos dianteiros são agora de maiores dimensões e garantem o apoio total do corpo, sem comprometer o conforto, enquanto na traseira continua a ser possível alojar duas crianças. Relevante, também, é a qualidade dos materiais (quase todo o interior está revestido com couro) e a combinação da atmosfera requintada e ao mesmo tempo desportiva que desde sempre caracteriza a Aston Martin.

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